17 de Maio - Sexta- Feira ás 7:30 (PARTE 1)
Joanna arrancou com o carro o mais rápido que pode, e eu não pude ver
nada direito além de um borrão vermelho que devia ser o carro de Jhulie. Os pneus
cantaram e em menos de 5 segundos estávamos estacionadas perfeitamente na vaga
da coordenadora Gorete.
Foram apenas 5 segundos mais pareciam eternos, e quando o carro parou
meu coração estava quase saindo pela boca.
Olhei para o lado e percebi um sorrisinho vitorioso estampado no rosto
de Joanna.
- Estamos vivas ou isso é o céu das vadias? - Perguntou Ally
ofegante.
Olhei para trás e vi as suas caras assustadas, nós quatro nos
entreolhamos e só pudemos rir.
- Viram como uma profissional faz? – Joanna disse com o
rosto vermelho que nem um tomate depois de passarmos um bom tempo só rindo.
- Eu não acredito que você fez isso Joanna – Sophia falou
tentando fazer soar como uma bronca, mas quase não conseguiu falar de tanto que
ria.
- E eu não acredito que ainda estamos vivas! – falei sem
ar.
- Como tem tanta certeza de que estamos vivas? – Ally
disse. – Pra mim podemos já está no céu.
- Porque não acho que o céu se pareça com isso – Disse já
voltando a respirar normalmente.
- Com o que? – Sophia perguntou. – Com uma baita detenção
nos aguardamos quando virem onde estacionamos. É concordo. – falou com uma cara
que misturava irritação e humor.
- Ah meu Deus! Quando vão parar de reclamar e me
parabenizar pelas minhas habilidades na direção. –Joanna disse sorrindo de
orelha a orelha – Ninguém pode tirar os meus créditos por ter estacionado
perfeitamente, sem nenhum dano numa vaga minúscula no meio de dois carros, em
tempo recorde. – Falou satisfeita.
- Não vamos tirar os créditos dos nossos anjos da guarda,
isso sim! – falei – Pois só por um milagre uma pessoa que dirige que nem uma
louca cega consegue fazer isso!
- Ainda bem que hoje não era o dia de nenhum de nós
morrermos – Ally falou, e senti uma sensação esquisita, mas que foi embora
logo. – Mas foi por pouquinho... – Joanna a interrompeu.
- Argh, já chega. Sei que não vão me dar os devidos
créditos, mas sei que bem no fundo estão me aplaudindo e agradecendo. – falou
convencida – Então de nada queridas, foi um prazer!
Revirei os olhos. Joanna se acha, acha não; tem certeza.
Ela sempre foi muito segura e inconseqüente, e tinha a auto estima bastante
elevada, pelo que conhecia dela realmente acreditava que estávamos agradecidas
e que aquilo tinha sido demais. Bem diferente de mim é claro.
CONTINUA
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