Seta - Feira 17 de Maio 10:45

As quadras de esportes ficam no fundo da escola, mas ao invés de atravessar todos os corredores enormes e abarrotados por conta do intervalo ente as aulas Ally e eu decidimos ir pela parte externa do prédio. O mês de Maio marca o auge do outono aqui, mas como estamos no Brasil isso não faz muita diferença. Joanna costuma repeti que só temos duas estações: o inverno, quando o tempo é seco e as vezes cai uma chuva chata bem no dia que a gente tem um compromisso, e o inferno que dura quase o ano todo, e é essa sensação que eu tenho hoje. O calor que está quase insuportável não condiz com o céu nublado, o ar está carregado e sem vento, e eu me sinto como numa sauna, já Ally não parece se incomodar, ela raramente usa jeans e hoje não foi um desses dias.

     Ela está usando uma blusa estampada vermelha de tecido fino que parece muito refrescante e uma saia de cintura alta que com certeza quebra as normas de vestimenta da escola, pois é uns 5 centímetros mais curta do que o permitido. Mas faz tempo que os coordenadores pararam de se importar com isso, já que é  quase impossível fiscalizar todo mundo, e se eles fizessem as salas de aulas ficariam vazias já que faz tempo que essas regras passaram a ser lenda.

     Há duas coisas básicas que são unanimes entre os alunos do Thomas Jefferson e que são como regras implícitas nunca citadas, a primeira é que ninguém segue o regulamento de vestuário, não importa se você é legal ou não, popular ou não todo mundo se veste como bem entende, mesmo os mais comportados andam por aí com calças rasgadas e camisas com símbolos esquisitos.

 A segunda regra é ainda mais sutil, para você sobreviver ao Tomas Jerfferson você precisa se encaixar. Todo mundo é como uma peça num quebra cabeça, não existe isso de fraternidade e amizades que superam as diferenças, você tem que está num grupo, independente se você é um nerd da matemática ou um largado do clube de música, você tem que ser parte de algo e se contentar com a hierarquia que todos negam existir, mas que sem dúvidas existe.

 Ou você está no topo, como é o nosso caso, ou você faz parte de um dos outros grupos e tenta de alguma forma ser alguém, fazer parte de algo ou você simplesmente desaparece, como é o caso da Melanie. E só de lembrar dela meu peito aperta de leve, "Nos encontre na Castelo Azul" eu lembro da sua voz baixa me dizendo com tom de urgência, mas Ally me mantém ocupa e logo ela vira novamente apenas uma sombra na minha mente.

- ... não é Lua? - Ally diz alto me tirando dos meus pensamento, não prestei atenção no que ela havia dito e então só aceno com a cabeça concordando. - Então você concorda que eu devia fazer uma cirurgia de mudança de sexo só para saber como é balançar as coisas lá embaixo? - ela me repreende com a voz irritada por eu não está prestando atenção no que ela falava.

- Desculpa Ally. - digo em voz baixa - Só estava fazendo uma lista mental de tudo o que deu errado apenas nessas poucas horas do meu dia. - falo desanimada.
- Credo Luinha que desanimo, - Ally diz pondo o braço nos meus ombros - o que houve? Você é sempre tão animada, na maioria das vezes quando fica brava com algo você converte sua raiva em determinação, hoje você está parecendo aqueles cãezinhos abandonados.

- Você sabe. - digo olhando para as árvores e bancos ao redor evitando olhar nos olhos dela - Toda essa confusão, eu estou me sentindo um pouco mal com o que fiz com Carla... - digo omitindo as outras razões do meu desânimo. Parece que depois do escândalo que dei nos corredores as minhas energias foram extravasadas; a raiva de Carla, as minhas desconfianças com relação ao Fernando e o desastre que aquele dia estava sendo. Tudo parecia ter ido embora e só sobrou a culpa que eu sentia, e as palavras de Arthur em relação a mim continuavam a se repetir na minha cabeça. Será que ele tem razão em relação a quem eu me tornei? Será que sou tão ruim quanto ele disse que sou?

- Ei Lua, pode parar com isso! - Ally me sacode pelos braços para me animar - Sinceramente, não quero soar cruel, mas a Carla merece cada coisinha de ruim que pode acontecer com um ser humano. Ela é uma cobra e você sabe disso, não entendo por que se alterou tanto já que todo mundo sabia dessa história sobre a querida mãezinha dela há bastante tempo.

- Mesmo assim, parece que de certa forma eu confirmei, já que ninguém tinha plena certeza de nada. Nem eu tinha, sempre achei que isso fosse só boato. - digo tentado soar mais inocente, mas sabia que o que tina feito foi propositalmente letal.

- Hum - Ally desdenha - Luinha, se não se lembra fui eu em carne osso e gostosura que te contei essa história. E você já me conhece a tempo suficiente para saber que eu sempre sei das coisas que acontecem com quem anda pelos corredores dessas escola. Ao menos as coisas importantes.- ela completa em tom convencido.

- É justamente isso que não entendo: Como é que você ficou sabendo disso? É algo particular demais, e mesmo que o vídeo tivesse vazado outras pessoas teriam visto o vídeo, mas não acho que ninguém tenha visto, só a reação exagerada de Carla confirmou a existência dele.

- Você as vezes é tão desligada Lu! - Ally diz em tom maternal, como se falasse com uma criança inocente o que me deixou um tanto irritada. Detesto quando duvidam da mina maturidade, mas ela pareceu sincera como se achasse isso fofo. - Nós somos muito populares Lua, e essa é uma cidade pequena, aqui reputação é tudo. Não quero que você mude jamais, nem você nem a Sophs, - ela diz sorrindo de leve, e eu me sinto frágil com o jeito com que ela se refere a Sophia e a mim, como se precisássemos ser protegidas - mas eu e a Joanna sempre ficamos ligadas em tudo. Estamos sempre um passo a frente.
- Continuo não entendendo. - digo contrariada. Não queria parecer tão criança, mas não entendo onde ela quer chegar com essa conversa de "estar um passo a frente".
- Tudo o que você precisa saber é que a Carla não é a única que tem informações privilegiadas no Thomas Jefferson. - ela diz por fim, e então chegamos no vestiário.

O vestiário feminino está lotado, todos os boxes etão ocupados com as alunas da aula anterior, então as garotas que fazem aula comigo tem que se trocar do lado de fora. Eu deveria está acostumada a me trocar na frente de outras garotas. Depois de tantos anos, de festas do pijama e treinamento para o campeonato de handebol em que nós somos de certa forma obrigadas a ficar com pouca roupa na frente de outras garotas, mas ainda assim me sinto extremamente desconfortável.

E enquanto Ally simplesmente tira a roupa dela rapidamente, exibindo sem vergonha alguma sua roupa intima e seu corpo perfeito enquanto conversa animada com outras garotas que também se trocam, eu demoro quase uns cinco minutos só para me livra do casaco.
- E aí Lua? Eu soube o que a cobra da Carla fez com você, fiquei preocupada. Já está melhor? - uma garota da minha turma, que eu nem sei o nome me pergunta. Mesmo disfarçando bem percebo que o tom de preocupação dela é completamente falso, era óbvio que só avia falado aquilo para tentar se aproximar de mim.

- Estou ótima! - respondo seca, com um sorriso tão falso quanto ela. Estava de saco cheio de falsidades por um dia, mas como era dia do Cupido com certeza a falsidade não ia acabar por ali.
- Também fiquei sabendo, - disse Bia uma outra colega de classe - ela ficou putassa quando você expôs quem a mãe dela é de verdade. - ela disse rindo - Mas ao menos teve o que mereceu depois.
Outras garotas riram.
- Pois é, Joanna entrou no modo espartana e partiu pro combate, acho que todo mundo entendeu o que só Carla parece não compreender. - foi a vez de Felícia uma amiga próxima falar - Que ninguém pode mexer com a gente.

Outras meninas concordaram com a cabeça, sorri sem saber o que dizer e continuei a tirar minha roupa devagar, queria ficar sozinha para poder me trocar, mas elas não pareciam dispostas a sair dali sem mim.
As meninas continuaram a falar sobre o assunto enquanto eu me trocava desconfortável, Ally e as outras continuavam a listar razões para odiar Carla e tudo aquilo estava me deixando ainda mais culpada. "Efeito Arthur Aguiar" eu pensei, "só ele para me deixar mal por ter feito algo contra aquela cobra".

- ... e aquela vez que ela foi ao diretor Araripe contar sobre a festa que o Fernando tinha dado na casa dele na noite anterior? - Felícia falava ainda listando coisas ruins sobre Carla - Tipo, o que o diretor tem a ver com o que a gente faz fora da escola? Ela é uma baita enxerida.
- O problema é que ela não foi convidada, - Ally respondeu distraída enquanto fazia dois rabos de cavalo no cabelo olhando no espelho - alias, quem é que convidaria a Carla para uma festa?! Nem com um baita porre aquela garota é suportável.
As meninas riam, até que se calaram abruptamente, e o clima ficou pesado só então eu saí do box já vestida e fui conferir curiosa o motivo do silêncio.

- O que foi? Podem continuar com o clube das vadias, eu não me importo de ouvir suas historinhas sujas, se bem que ninguém garante que eu não pegue algum tipo de dst só de ouvir a sua voz Allison,- Jhulie Campelo está parada de frente para o espelho arrumando o cabelo, ela olha com desprezo para o reflexo de Ally que permanece inabalável arrumando o longo cabelo preto. Enquanto fala a voz de Jhulie exala veneno e ninguém se atreve a responder.

Jhulie era nossa amiga, na verdade eu meio que substitui ela no grupo. Mesmo sendo amiga das meninas desde o sétimo ano eu não era tão próxima quanto Jhulie era, só com o tempo e com as diversas brigas que ela e Joanna foram tendo é que eu fui me aproximando mais das meninas.
Principalmente por causa de Sophia, que me acolheu desde o dia na sua festa de aniversário, quando ajudei ela a fugir depois da sua primeira menstruação. Eu e ela fomos ficando cada vez mais próximas, e eu fui me distanciando cada vez mais de Arthur e Melanie. Antes eu ficava em casa brincando, ou assistindo filmes de terror com Artur, íamos ao tal "castelo azul" para conversar e as vezes até acampávamos por lá.

 Depois que ajudei Sophia, nós nos aproximamos e ela não parava de me chamar para todas as festas que antes eu nunca seria chamada, ou para viagens com as meninas. E quando vi, eu já tinha novos amigos, nesse meio tempo Joanna e Jhulie já se odiavam e eu acabei de certa forma tomando o lugar que antes era dela no grupo, por assim dizer.  

Agora tudo estava diferente, depois que ela saiu do grupo houve o ápice da briga quando Joanna ficou com o namorado de Jhulie, e Carla que só agora consigo perceber é um dos maiores causadores do problema, já que foi ela que descobriu de fato espalhou para a escola toda. Depois disso elas não só terminaram de fato a amizade como declararam guerra uma a outra, e todas as vezes que cruzamos os nosso caminhos algo do tipo ocorre. Jhulie criou o próprio grupinho com Juliana Rolim, Pérola Farias, Giovanna Lancelotti e outros garotos que de certa forma também são nossos amigos e não se metem na briga para não ter que escolher um lado.

- O tal clube mudou de nome Jhulie - Ally enfim responde com um sorriso no rosto e quem visse a cena sem ouvir nada até acharia que ela falava amenidades com uma amiga intima, só acharia é claro - já que a vadia em questão saiu do grupo e achamos melhor deixar esse nome para o grupinho que ela mesma montou, ficaria mais apropriado.
O incomodo cresce dentro do vestiário, algumas meninas mais tímidas começam a sair, outras estão vidradas na conversa.
- Garanto que o nome fica muito mais apropriado no seu grupo - Julie diz irritada - por uma questão de histórico.
- Quer mesmo falar de histórico Jhulie? Olha que a minha memória é ótima, e a sua não deve ser tão ruim pra já ter se esquecido das coisas que eu sei. - Ally diz dando uma piscada em direção a Jhulie que empalidece.
- Não vá achando que eu sou tão idiota feito a Carla para cair nessas suas provocações. - Jhulie diz se recompondo.
- Estou pronta, vamos? - digo saindo do box e indo em direção a Ally, queria acabar com aquilo antes que as provocações de sempre virassem uma briga de fato.

- Ah! Então você não foi embora? Ouvir dizer que tinha sido liberada depois da surra que levou da Carla.
- É, as pessoas falam demais pelos corredores dessa escola. - digo puxando Ally, mas ela não dá um passo sequer. As vezes esqueço de que assim como Joanna, Ally nunca foge de uma briga.
- E não deveriam? É sempre bom animar as coisas com um pouquinho de baixaria. - Jhulie dá uma risada, e mexe na cesta do Dia do Cupido que só agora percebi que carrega debaixo do braço.
- Pelo visto a desgraça alheia é a única coisa divertida que deve acontecer numa vidinha como sua não é? - digo, porém não estou nem um pouco irritada com a Jhulie, o problema dela nunca foi comigo e as vezes nem eu entendo porque eu deveria detestar tanto ela se quem cometeu um erro foi a Joanna, mas acabo seguindo de certa forma o "roteiro", mesmo sem dá a mínima importância para o que ela diz.

- Desgraça de quem? Não se faz de vítima Blanco, enquanto você está aqui inteira, só com essa... - ela encosta de leve na marca vermelha no meu pescoço, e Ally se arma pronta para atacar Jhulie, mas eu a seguro e me afasto da mão dela - marquinha no pescoço, Carla está em casa. E ela pode não está tão machucada fisicamente, já que a Joanna não teve tempo suficiente para isso, mas sem dúvidas ela está bem pior que você tendo que encarar uma baita suspensão e a vergonha diante da cidade inteira e tudo por sua causa, então não se faz de vítima...

Eu engulo em seco, e posso sentir algumas lágrimas vindo aos poucos, mas consigo disfarçar, não rápido o suficiente para que Jhulie não perceba e sorria de leve feliz com a minha reação.
- Não sabia que você era tão próxima da Carla - Ally disse tentando se soltar de mim, mas eu a segurava com força - mas nem devia ficar surpresa já que vocês duas são exatamente o mesmo tipo de pessoa, duas perdedoras ridículas, que não tem nada melhor para fazer senão se meter onde não deve. Pensando bem é até óbvio que sejam amigas: vocês se merecem.

- É aí que se engana.- Jhulie diz com um sorriso no rosto mexendo na cesta dela - Não me importo nem um pouco com a Carla, acho até bom ela levar uma lição para aprender a deixar de ser tonta. Só acho que sua amiguinha aí devia parar de se fazer de santa, e mostrar quem ela é de verdade. E acho que hoje ela mostrou exatamente quem é, colocou as garrinhas pra fora Agora entendo porque Joanna e você se tornaram amiga dela, ela não é a santinha que eu pensava, só é fingida, mas no fundo ela é tão suja quanto vocês. - ela me olha de cima a baixo com uma expressão de nojo no rosto.

- Não me faço de santa Jhulie. - agora a raiva começa novamente a substituir a minha culpa, solto Ally e dou um passo para frente em direção a Jhulie. As garotas do vestiários ficam em alerta achando que vou avançar nela, e começam a levantar e tirar o celular do bolso prontas para filmar se algo ocorresse. Sinto as mãos de Ally nas minhas costas tentando me puxar, mas ignoro - só sou melhor que você. Não preciso fingir que sou boa ou coisa do tipo, eu tento não me meter em encrenca, mas saiba que quando isso acontece eu não tenho a mínima intenção de sair por baixo, então é melhor ficar atenta.

Consigo soar ameaçadora e confiante mesmo estando nervosa. Um sorriso surge no meu rosto quando percebo que Jhulie não me ola mais de cima a baixo com a superioridade de antes. Ela parece tentar me ler como se eu fosse um livro em árabe, e sua confiança cai por terra. Percebo que risadinhas começam a preencher o ambiente e fico satisfeita.
- Vixi - Ally diz sorrindo - dessa eu gostei Luinha! - Ally fala fazendo as garotas rirem.
- Hum, aproveite enquanto está em condições de se gabar Blanco... - Jhulie começa, mas é interrompida.
- E você deveria aproveitar enquanto eu estou com paciência e ir embora. A não ser que esteja com muita vontade de ser humilhada, aí eu posso dá um jeitinho em você rapidinho. E sem derramar uma gota de suor sequer. - A voz de Joanna se sobrepõe a todo murmurinho do vestiário, todos se viram para olhar para ela.

É quase inexplicável, e pode parecer exagero, mas Joanna tem sem dúvidas uma aura de poder. Ela nasceu para liderar, para chamar atenção. Só de entrar no banheiro ela conseguiu chamar toda atenção para si e fazer com que Jhulie tremesse na base. E gostando dela ou não é impossível negar o poder dela, e ficar indiferente, Joanna Levesque tinha aquela escola nas mãos, assim como qualquer lugar em que chegava, e tinha tudo que queria simplesmente porque queria e o pior é que ela sabia disso.  Essa era uma das razões pelas quais eu gostava tanto dela.

Ela estava encostada na porta do vestiário e nem olhava para Jhulie, ela estava encarando as próprias unhas como quem está entediada, mas dava para sentir de longe a raiva exalando dela, e quando ela percebe que Jhulie não vai responder ela vem em nossa direção. Jhulie dá um passo para trás esperando que Joanna faça algo, mas ela simplesmente passa por ela sem ao menos olhá-la e fala olhando para mim e Ally : - Pelo visto vai se aproveitar da minha boa vontade e vai dá no pé. Só não sei porque está parada aqui ainda, não é mesmo Ally?
- Pois é Jo, acho que virou uma estátua. - Ally diz rindo entrando na brincadeira da Joanna.
- Estátua em homenagem a aluna mais patética que o Thomas Jefferson já viu... - Joanna diz e se cala quando percebe que enfim conseguiu fazer com que Jhulie saísse. - Acho que ela entendeu o recado. - ela fala por fim alto o suficiente para Jhulie ouvir enquanto atravessa a porta, a sala toda começa a comentar, mas antes de sair Jhulie se vira dramaticamente e olha em nossa direção.

- É, você deixou seu recado Joaninha - ela fala, a raiva pela forma como Joanna a humilhou: tão fácil e ridícula, estava transparecendo no seu rosto - está claro como água, mas eu ainda não pude deixar o meu. Espero que esteja preparada para ouvir quando a hora chegar.

- Vou até limpar os ouvidos hoje Jhulie - Joanna se vira para olhá-la e é de dar medo o tanto de desprezo que há no olhar que ela lança para Jhulie - mas se tratando de você vai ser difícil de entender. Ainda não aprendi a linguagem das vacas.
As meninas que ainda estavam lá riem baixinho da piada nem tão engraçada da Joanna. É o bastante para Jhulie se virar e sair rapidamente, mas antes de ir ela me lança um olhar direcionado. é só uma fração de segundos, mas me deixa arrepiada, há algo no olhar dela, algo que não consigo identificar, algo profundo e perigoso. Mas antes que eu possa questionar ela ou dizer qualquer coisa Joanna me abraça forte.

- Lua, que loucura foi essa! Essa Carla é uma louca, a gente precisa conversar e...- ela diz enquanto me abraça.
- É, precisamos mesmo! - digo por fim, com uma sensação esquisita no peito.




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